31 de jul. de 2008

Privilégio di pobe é fuzil!

Eu fico impressionado cum'é qi pódi alguns indivíduo qi dízi fazeh parte do "movimeno negro" encaminhah sua pretensa "raça" à morte certa. Falo isso porqe costumo uvih di alguns artista, alguas personalidade famosa, especialmente os qi são ligado à grande midja, uas coisa tipo "sinta orgulho da favela", "não saia do morro", "não fuja do 'gueto'". Parece qi pra essas pessoa, a valorização do favelado acaba se tornano a valorização da favela. Si a favela é a solução pra qem nun tem casa, deve seh um grilhão pra qem pode teh ua casa di verdade?


Ua lei lançada recentemente, no Rio, retira os fuzil das operação policial no asfalto, subistituino essas arma peras carabina (aqela do Seu Madruga) e aumentano a expeqitativa di vida dos indivíduo mais abastado. Maz na favela a arma continua seno o fuzil, e talvez este seja mais usado ainda, já qi vai seh economizado no asfalto, e, assim, os favelado vão ficah mais próximo do fim da sua miséria - ô seja, mais próximo da morte!



Isso porqe as favela são considerada "ária di risco", diferente do asfalto, dos bairro nobre, das empresa, dos escritório, das câmara, do Palácio do Planalto. (E as favela são realmente ária di risco, quando se pensa em sanitarismo, infra-estrutura abitacional, maz isso é otro departamento!...)


E, falano nesses lugah, é interessante notah qi nem mermo ua pistolinha costuma seh usada nos dominho da burguesia, esta, qi, além di explorah sistematicamente os trabaiadoh, gerano assim as miséria inerente ao capitalismo, cométi várias infração às diversas lei; nem onde se localízu os podeh adiministrativo, os dominho dos político, qi, além di geralmente sustentári a exploração capitalista, desvíhu o dinhêro público, agravano a miséria nacional e causano a morte di muita gente.


As arma só são usada nesses lugah si há ua manifestação, ua greve, um assalto, ua revolta; são usada pa impedih qi os trabaiadoh e/ô os desempregado exíju seus direito, dexano esses indivíduo em situação cada vez pioh, às vez inté acabano por empurrah eles prà favela, onde eles dificemente vão se livrah da velocidade, do alcance e dos estilhaço dos tiro di fuzil, qi, por seu grau di perigosidade, nun pódi seh usado onde tá nossa linda e perfumada classe medja.


E assim as coisa se risóvi no nosso qerido país! Maz, cuma tudo acaba em samba, junto minha voz à di Moraes Moreira e canto: "Qem dece do morro não morre no asfalto...". Axé.

25 de jul. de 2008

Die Rapadura ist der Neuses!

tradução: A rapadura é di nóis!


Pois é... Apesah di todòs mando e dismando desses gringo fedegüeba no nosso país, o meno isso a gente ganhô: a rapadura voltô a seh nossa legitimamente.


Não qi isso tenha lá ua enorme importância, já qi, enquanto ocorre isso di bom, mil disgraça mais impaqitante acontéci, cuma a oficialização da criminalização do MST.




A patente alemã parece qi só prejudicava as exportação di nossa rapadura, e acho qi a gente deve pensah em alimentah nosso povo, cum agricutura familiah, esse tipo di coisa, e não adotah o modelo exportadoh, qi tem fudido nosso povo, nossos solo, nossas floresta. Maz é sempre bom ganhah dos imperialista em qualqeh coisa, já qi diariamente a gente perde pra eles ua ruma di coisa, cuma a diguinidade, as riqeza natural, a cutura populah, a virgindade das minininha...





Só espero qi não só os empresário gãi esse presente, di podeh exportah la buena rapadura, maz tumém nosso povo - ô seja, qem trabaia di verdade - gãe o direito mínimo di podeh se organizah e lutah por ua condição mínima di existência.


Abaxo a criminalização do MST!


Os abestado dízi qi Cuba deve "se abrih" - e qi expressão simbólica! - prà democracia, abandonah sua ditadura im qi os di voz distoante não pódi se organizah. E no Brasil? Cadê nossa liberdade di organização? Qéri restringih nossa luta à via institucional? Maz qem nun tem nem terra pa plantah nun se torna adivogado cum tanta facilidade, assim, não, meu cumpade! A via institucional no Brasil é ua das principal via prà corrupição.


Acho qi o jeito mermo pro Brasil é vistih a carapuça qi déru pro MST (e dão pra nóis tudim, implícita ô explicitamente) e a gente se tornah um grupo violento! Acho qi devo, finalmente, butah em prática meus aprendizado cos vidjogueime di guerra!


Entãuce, vamo aproveitah qi a rapadura é nossa, misturah ela cum jabá, fazeh ua boa jacuba e levah vida di cangacêro! Afinal, nossos gunverno nun são tão diferente do colombiano - o qual foi muito bem descrito pero embaxadoh da Nicaragua (viva Sandino!), onte, na útima sessão ordinária do Conselho Permanente da OEA -, combatido eroicamente peras FARC!




Vamo prà luta porqe a rapadura é nossa, maz a terra - nem mermo a terra - inda nun é, não! Axé.


20 de jul. de 2008

Z'DISGARRADO



Muzga: Mário Barbará
Letra: Sérgio Napp
Artista: Chico Saratt
Álbum: Do Sul do Brasil
Versão em Brasilêro: Groucho Carão

eles se encôntru no cais do porto, peras calçada
fázi biscate peros mercado, peras esqina
carrégu lixo, vêndi revista, júntu bagana
e são pingente nas avenida da capital

eles se escôndi peros buteco, entre os cortiço
e, pa esqecêri, côntu bravata, véas istória
entãuce, é trago e muito estrago, por toda a noite
os ói aberto, o longe é perto, o qi vale é o sõe

sópru os vento disgarrado,
carregado di saudade
víru os copo, víru os mundo,
maz o qi foi
nunca mais vai seh
maz o qi foi...

cevávu mate, sorriso franco, paiêro aceso
virávu brasa, contávu causo, polino espora
geada fria, café bem qente, muito alvoroço
os arrei firme e, nos pescoço, os lenço vermei

jogo do osso, cana di espera, e o pão di forno
o mi assado, a carne gorda e a cancha reta
fazíhu plano e nem sabíhu qi éru filiz
os ói aberto, o longe é perto, o qi vale é o sõe

sópru os vento disgarrado
carregado di saudade
víru os copo, víru os mundo
maz o qi foi
nunca mais vai seh
maz o qi foi...

16 de jul. de 2008

O Pai Nosso

Pai Nosso, qi tá no Zumbi,
Angolano seja o teu nome.
Venha a nóis a tua moto,
e seja feita a nossa viage,
assim na sede cuma nos distrito.


O marafo nosso di cada noite nos dê, oje,
e perdoe a nossa falta di intéra,
assim cuma nóis perdoamo nossos amigo gotêra.
Não nos dêxe caih na calçada,
maz nos leve pra casa.
Axé.

*pro amigo Angolano.




o Pai Piqeno (vugo eu) mais o Pai Nosso.

6 de jul. de 2008

Tem é Zé...

Tem é Zé pa arranjah canto pa nóis morah;
Tem é Zé pa dah pão pos meus fizim cumeh;
Tem é Zé pa teh agua pa mode bebeh;
Tem é Zé pa teh Zé qi me qêra ajudah!



Tem é Zé p'eu fazeh o qi eu sempre qis;
Tem é Zé pa jamais desistih di sonhah;
Tem é Zé pa teh força pa mode agüentah;
Tem é Zé pa tentah transformah meu país!



Tem é Zé, tem Mané, Qincas, Pêdo e Antõe,
Chica, Tonha, Mazé, qi persísti em lutah,
E essa desigualdade inda vai se acabah:
Pobe trabaiadoh e burguêis senvergõe!




Tem é Zé pa venceh, maz tem bença di Exu,
Tem Iansã, tem Xangô, tem Nanã, tem Oxum,
Tem Obaluaiê, tem Odé, tem Ogum.
Tem é nêgo tocano esse maracatu!