1 de nov. de 2008

Marrom



Os pardo são marrom:
são marromeno preto
e marromeno branco
- marrom vermei di sol!

6 de out. de 2008

Festa da Democracia

Nos concedêru o direito divino di escolheh qem vai nos robah: o seu A, o seu B, o seu C ô a dona D. Escolhemo o seu A, pois o bando dele já vem robano nóis há mais tempo, tem mais tradição. É dia di festa!

27 de set. de 2008

suor

soa a sirene
saio do sonho
qual o encanto?
onde a sereia?
onde seu canto?
será sereno
o saldo do suor
que encerrou meu sono?

Simples disabafo



Ua mancha branca cobre minha visão,
me impedino di veh a nêga luz da felicidade real.
Eu qero fugih di casa,
cuma um jove rebelde;
saih im busca da causa,
arranjano um emprego.
Qero pudeh ih pro Planalto.



Os sinhô da minha alma têm a pele parda,
maz a mente é branca, e ela qi me prende,
quas corrente di cinco mistério.
Qero fugih, me aqilombah,
trocah um terço por ua terça,
derramah um gole dela na Sigunda,
im prol do munvimento qi me chama,
me chama prà negrada do Planalto.



Qero saih desse curral romano
e seh mais um cavalo livre,
vagano peras pastage verde, sem repôso,
cum vários guia me ajudano nas demanda corriqêra.
Qero ficah discalço e arriscah meu pé;
jogah bola na arêa, no salão;
jogah na roda, arriscano meu rosto;
ficah discalço e teh a terra por apoi
e, adispois, pisah firme e forte
no acolhedoh chão do Planalto.

20 de set. de 2008

Morre o único “scertim” do Floyd


Richard Wright, cõicido por Ricardo Scerto entre os Descíclope, acaba di dexah nosso mundo e sua legião di fã, na qual tô incluso. Im sua omenage, vai essa postage:

- Você gostaria di dizeh algo antes di saih?
Talvez você se importasse im dexah claro o qi você sente.
Nóis dissemo ‘adeus’ antes di dizeh ‘oi’!

- O tempo passô.
A canção acabô.
Achei qi eu tivesse algo mais pa dizeh...

Adeus, Wright!
:/
- a postage demorô a saih porqe tô sem podeh acessah a internet -
Grande Wright do lado do Grande Waters!

11 de set. de 2008

Terroh!

Oje, 11 di setembro, é um dia pa se ficah realmente triste. Hôve um atentado ao World Trade Center? Sim, fiqei sabeno. Isso foi algo di bom - quas devida reserva, qi fôru as vida das pessoa um tanto quanto inocente. Maz nem tudo foi um mah di rosa na istória dessa data. Nesse exato dia, as Força Armada chilena, comandada pero general Augusto Pinochet, co apoi dos EUA, tomáru o Palácio de la Moneda, iniciano um periudo di 17 ano di ditadura e dano lugah à tomada da nação peros imperialista estadunidense. Vamo fazeh um minuto di silêncio im omenage aos chileno: . Agora, vamo pensah im fazeh algo mais útil. Talvez repetih o qi ocorreu nessa merma data im 2001... Axé.


Ataqe ao Palácio de la Moneda.

6 de set. de 2008

Dedo do Bush



Aniversariante do Dia: Roger Waters!

Comentário político: Conferino o blogue do továrixe Zurdo-Zurdo, vi qi realmente não dá pa confiah na "imprensa livre" di jeito ninhum! O atual conflito na Geórgia, cuma eu jamais disconfiei, tumém tem o dedo do sinhô Bush metido!

Omenageano o aniversariante, vamo veh o qi ele podia dizeh sobre essa situação:

"Dê a eles muita liberdade
E eles vão fudeh cum tudo!"

(recriação livre di Too Much Rope - Amused to Death - Roger Waters)

Abaxo, linqe pros comentário sobre a estratégia estadunidense:

31 de ago. de 2008

Mejicana

*poema escrito em "Braspanhol-afroamericano"

Quiero decirte que tu piel morena,
que esa corta saya tuya exhibe,
pobla los sueños deste pobre pibe
e el pecho suyo de deseos llena.

La más bella tú eres, mejicana,
de las hijas que, a costos, nos legaron
los Aztecas. (Que a otros se ligaron,
perpetuando la sangre americana.)

Tus ojos, negros fríjoles, me miran,
haciendo que se desvíen los míos
a tu chomba, que, bañada en los ríos,
no tapa el soutién - los senos se atiran!

Mi carro estaciono siempre delante
del apartamiento en que tu resides.
Vitrina - la ventana en que decides
exponerse, cual alhaja, a tu amante.

A veces, cogio un guagua y puedo verte,
o, entonces, mejor: séntome a tu lado.
Un día, aún háblote, apasionado:
"Una sola cosa quiero: tenerte!".

24 de ago. de 2008

Qi malvado e antiesportivo o cubano!


É... Não espere mermo ouvih notícia boa sobre Cuba! Aliáis, nem mermo se pode esperah qi as notícia rue sêju dada di forma responsave. Me lembro di ua vez qi a delegação cubana foi agredida no Pan do Rio, acho qi apóis ua partida di vôlei ô randebol, e a Rede Record noticiô apenas qi hôve ua confusão "envolvendo a delegação cubana"! Seno qi durante todòs Jogos Panamericanos, as TV brasilêra vínhu comentano sobre um mau-umoh dos esportista cubano, basta isso pra se pensah qi Cuba havia causado o tumuto.
Agora, nas Olimpíada di Peqim, se repete a "libertinage di imprensa". As rede di tevê brasilêra noticiáru, inté cum muita manchete cômica, a agressão do cubano Angel Valodia Matos e o fato di teh sido banido, junto co seu trenadoh, maz muitas vez sem dizeh o motivo da agressão. E não fôru só as rede privada; eu vi a notícia primeramente na nossa grande "TV pública", a TV Brasil, qi mostrô o fato cum certa comicidade e sem explicação! Não vi, no entanto, essa ênfase na agressão quando se noticiô o caso di Ara Abrahamian, da Suécia, qi, antes di recusah o bronze, havia no final da luta anterioh ameaçado os árbitro e socado ua barrêra.

Da merma forma, por parte do comitê olímpico, se vê um tratamento diferente: a agressão do lutadoh cubano foi seguida imediatamente di seu banimento, assim cuma do banimento do seu trenadoh (por acaso, teria o trenadoh realmente responsabilidade diante disso?); já o sueco pôde competih ainda pero bronze, e, só dispois d'ele teh atirado a medalha ao tapete, foi se "estudah" o qi devia seh feito, haveno a decisão di le retirah o bronze.
Maz ninguém é pago pa discutih esses ponto. "É Cuba? Vamo aproveitah pa frescah!" Acho qi Cuba já tem dificudade dimais nos esporte devido a seus traidoh qi le abandônu, maz nosso povo (brasilêro) inda qeh mostrah a Cuba qi ela deve seguih nosso camim. Nosso camim di vitória, qi se reflete na "belíssima" campanha olímpica do Brasil em Peqim!

Abaxo, um linqe prà notícia sobre o cubano:

Abaxo, um linqe prà notícia sobre o sueco:

9 de ago. de 2008

pro amigo Ito

Tu era um dragão feliz,
circundano o teu tisôro,
maz teu tisôro era vivo,
sem um lugah duradôro.
Alce vôho, meu amigo.
Mim comove veh teu choro.

É qi a gente acostumô
viveh na contradição,
viveh DA contradição.
Maz, quando acabah o amoh,
junte todo o disamoh,
qi eu te trago a munição!

Nun venha cum pessimismo
di qi o MAL vai prosseguih,
pois, si prosseguih menoh,
fui vitorioso, aí.
Tudo o qi tu fez por ela
no MAL nun pôde influih.

É qi a gente acostumô
viveh na contradição,
viveh DA contradição.
Maz, quando acabah o amoh,
junte todo o disamoh,
qi eu te trago a munição!

Vidjogueime, bate-papo -
tu procura distração.
Tocano tua guitarra...
Cantano linda canção...
Cante o som da liberdade,
C'ua escopeta na mão!

É qi a gente acostumô
viveh na contradição,
viveh DA contradição.
Maz, quando acabah o amoh,
junte todo o disamoh,
qi eu te trago a munição!

moranduba di abaré - pt. 2



Confirmação, prisão matrimonial,
te contah sobre os meus pôde,
dexah pura ólho o funeral...
Maz cum'é qi tu pôde
massacrah tanto povo,
nos ensinano a pecah
e os pecado ensinano a jugah.
Dizeno qi vô
naceh di novo.
Maz o seh qi agora eu lôvo
tu vai temeh -
pois vai te punih -
é Anhanga!

E eu nun vô mais caih
nos qêxo di moanga!
Eu tenho mandinga,
sô abaeté.
Esses teus agá são moranduba di abaré!
Eu nun vô caih mais nessas
moranduba di abaré!

8 de ago. de 2008

Im terra di Sinhô-di-Engém, qem tem chifre é "Cão"!





Meu compade Exu né djacho, não;
maz tem djacho qi se diz cristão,
feito o Juda, lá na comunhão.



Tu, pro mal di Jó, mandô-lh' o djacho,
maz me amostra, qi eu, Javé, não acho,
naz encruziada, o teu despacho.



Cristo, "a qem nem mermo a morte escapa",
"qi oferece a otra face ao tapa",
batizô di Exu o "primêro Papa"!



Qem mandô aqele mói di gente
pa matah, dibaxo do sol qente,
nas Cruzada, aí foi a serpente.



Seu Exu nun tem do mal noção;
é inocente, ingual o seu Adão.
Tem lugah no Édem pr'esse Cão?!

7 de ago. de 2008

reincarnação marginal


-Afonso Henriques de Lima Barreto
-Adriano Costa Cardoso Carão

Filósofo?
Lôco?
Precursoh?

5 de ago. de 2008

Salvah Cuba ua ova! Saravá Cuba!

Oje, li o prefácio (escrito por Mário Soares, presidente di Portugal à época) do livro "Sombras do Paraíso", di Antônio Rangel Bandeira, qi me dexô um tanto interessado em leh ele intêro. Maz não posso leh agora porqe devo leh otras coisa.

O livro se pretende ua "crítica esqerdista ao regime cubano". A iminência di sua leitura me fez botah ua idéa na cabeça: si, apóis muita aqisição di cõicimento e experiência, eu acabah me desiludino cum a possibilidade di mudança efetiva nas relação di produção em qualqeh lugah, qi eu pegue ua arma e dê fim no caba qi eu pense qi teja cum mais controle da situação - si eu tiveh acreditano em deus supremo, qi eu arranje um jeito di dah um fim nele - e adispois me mate!

Maz pero qi li, ô seja, o prefácio, um tanto indiota, por sinal, as crítica paréci se referih mais a essa istória di falta di liberdade e democracia, nível di vida baxo (maz o qi é esse "nível di vida"?), o qi não me impressiona, não mexe cum minha opinião nem um pôco. Maz tenho qi cõiceh Cuba, pessoalmente.

Por ora, dexo aqi a útima estrofe di ua poesia ainda incompleta qi fiz. A útima estrofe se refere a Cuba, apesah di fazeh pensah sobre mais.

Morano perto do Inferno,
faz sentido se trancah,
pro seu fi nun acreditah
no Cão prometeno inverno.
Caba bunitim di terno
tenho visto todo dia,
nessa tal democracia,
e as mazela ninguém cura.
Eu prefiro a ditadura,
deis di qi da maioria!

Axé.



[image retirada do blog: reviversaudeholistica.blogspot.com]

3 de ago. de 2008

"direitos humanos"

No céu, voa a poderosa águia.
Dibaxo dela, ua umilde tapera no cento do capitalismo.
Em nome da liberdade, esbraveja seu pobe moradoh:

"Qi Cuba se liberte do socialismo e volte pro camim di Deus e da liberdade!... Dispois di meu fi seh diplomado em Medicina na Universidade di Havana, claro!"


alguns estudante estadunidense di Medicina em Cuba.

31 de jul. de 2008

Privilégio di pobe é fuzil!

Eu fico impressionado cum'é qi pódi alguns indivíduo qi dízi fazeh parte do "movimeno negro" encaminhah sua pretensa "raça" à morte certa. Falo isso porqe costumo uvih di alguns artista, alguas personalidade famosa, especialmente os qi são ligado à grande midja, uas coisa tipo "sinta orgulho da favela", "não saia do morro", "não fuja do 'gueto'". Parece qi pra essas pessoa, a valorização do favelado acaba se tornano a valorização da favela. Si a favela é a solução pra qem nun tem casa, deve seh um grilhão pra qem pode teh ua casa di verdade?


Ua lei lançada recentemente, no Rio, retira os fuzil das operação policial no asfalto, subistituino essas arma peras carabina (aqela do Seu Madruga) e aumentano a expeqitativa di vida dos indivíduo mais abastado. Maz na favela a arma continua seno o fuzil, e talvez este seja mais usado ainda, já qi vai seh economizado no asfalto, e, assim, os favelado vão ficah mais próximo do fim da sua miséria - ô seja, mais próximo da morte!



Isso porqe as favela são considerada "ária di risco", diferente do asfalto, dos bairro nobre, das empresa, dos escritório, das câmara, do Palácio do Planalto. (E as favela são realmente ária di risco, quando se pensa em sanitarismo, infra-estrutura abitacional, maz isso é otro departamento!...)


E, falano nesses lugah, é interessante notah qi nem mermo ua pistolinha costuma seh usada nos dominho da burguesia, esta, qi, além di explorah sistematicamente os trabaiadoh, gerano assim as miséria inerente ao capitalismo, cométi várias infração às diversas lei; nem onde se localízu os podeh adiministrativo, os dominho dos político, qi, além di geralmente sustentári a exploração capitalista, desvíhu o dinhêro público, agravano a miséria nacional e causano a morte di muita gente.


As arma só são usada nesses lugah si há ua manifestação, ua greve, um assalto, ua revolta; são usada pa impedih qi os trabaiadoh e/ô os desempregado exíju seus direito, dexano esses indivíduo em situação cada vez pioh, às vez inté acabano por empurrah eles prà favela, onde eles dificemente vão se livrah da velocidade, do alcance e dos estilhaço dos tiro di fuzil, qi, por seu grau di perigosidade, nun pódi seh usado onde tá nossa linda e perfumada classe medja.


E assim as coisa se risóvi no nosso qerido país! Maz, cuma tudo acaba em samba, junto minha voz à di Moraes Moreira e canto: "Qem dece do morro não morre no asfalto...". Axé.

25 de jul. de 2008

Die Rapadura ist der Neuses!

tradução: A rapadura é di nóis!


Pois é... Apesah di todòs mando e dismando desses gringo fedegüeba no nosso país, o meno isso a gente ganhô: a rapadura voltô a seh nossa legitimamente.


Não qi isso tenha lá ua enorme importância, já qi, enquanto ocorre isso di bom, mil disgraça mais impaqitante acontéci, cuma a oficialização da criminalização do MST.




A patente alemã parece qi só prejudicava as exportação di nossa rapadura, e acho qi a gente deve pensah em alimentah nosso povo, cum agricutura familiah, esse tipo di coisa, e não adotah o modelo exportadoh, qi tem fudido nosso povo, nossos solo, nossas floresta. Maz é sempre bom ganhah dos imperialista em qualqeh coisa, já qi diariamente a gente perde pra eles ua ruma di coisa, cuma a diguinidade, as riqeza natural, a cutura populah, a virgindade das minininha...





Só espero qi não só os empresário gãi esse presente, di podeh exportah la buena rapadura, maz tumém nosso povo - ô seja, qem trabaia di verdade - gãe o direito mínimo di podeh se organizah e lutah por ua condição mínima di existência.


Abaxo a criminalização do MST!


Os abestado dízi qi Cuba deve "se abrih" - e qi expressão simbólica! - prà democracia, abandonah sua ditadura im qi os di voz distoante não pódi se organizah. E no Brasil? Cadê nossa liberdade di organização? Qéri restringih nossa luta à via institucional? Maz qem nun tem nem terra pa plantah nun se torna adivogado cum tanta facilidade, assim, não, meu cumpade! A via institucional no Brasil é ua das principal via prà corrupição.


Acho qi o jeito mermo pro Brasil é vistih a carapuça qi déru pro MST (e dão pra nóis tudim, implícita ô explicitamente) e a gente se tornah um grupo violento! Acho qi devo, finalmente, butah em prática meus aprendizado cos vidjogueime di guerra!


Entãuce, vamo aproveitah qi a rapadura é nossa, misturah ela cum jabá, fazeh ua boa jacuba e levah vida di cangacêro! Afinal, nossos gunverno nun são tão diferente do colombiano - o qual foi muito bem descrito pero embaxadoh da Nicaragua (viva Sandino!), onte, na útima sessão ordinária do Conselho Permanente da OEA -, combatido eroicamente peras FARC!




Vamo prà luta porqe a rapadura é nossa, maz a terra - nem mermo a terra - inda nun é, não! Axé.


20 de jul. de 2008

Z'DISGARRADO



Muzga: Mário Barbará
Letra: Sérgio Napp
Artista: Chico Saratt
Álbum: Do Sul do Brasil
Versão em Brasilêro: Groucho Carão

eles se encôntru no cais do porto, peras calçada
fázi biscate peros mercado, peras esqina
carrégu lixo, vêndi revista, júntu bagana
e são pingente nas avenida da capital

eles se escôndi peros buteco, entre os cortiço
e, pa esqecêri, côntu bravata, véas istória
entãuce, é trago e muito estrago, por toda a noite
os ói aberto, o longe é perto, o qi vale é o sõe

sópru os vento disgarrado,
carregado di saudade
víru os copo, víru os mundo,
maz o qi foi
nunca mais vai seh
maz o qi foi...

cevávu mate, sorriso franco, paiêro aceso
virávu brasa, contávu causo, polino espora
geada fria, café bem qente, muito alvoroço
os arrei firme e, nos pescoço, os lenço vermei

jogo do osso, cana di espera, e o pão di forno
o mi assado, a carne gorda e a cancha reta
fazíhu plano e nem sabíhu qi éru filiz
os ói aberto, o longe é perto, o qi vale é o sõe

sópru os vento disgarrado
carregado di saudade
víru os copo, víru os mundo
maz o qi foi
nunca mais vai seh
maz o qi foi...

16 de jul. de 2008

O Pai Nosso

Pai Nosso, qi tá no Zumbi,
Angolano seja o teu nome.
Venha a nóis a tua moto,
e seja feita a nossa viage,
assim na sede cuma nos distrito.


O marafo nosso di cada noite nos dê, oje,
e perdoe a nossa falta di intéra,
assim cuma nóis perdoamo nossos amigo gotêra.
Não nos dêxe caih na calçada,
maz nos leve pra casa.
Axé.

*pro amigo Angolano.




o Pai Piqeno (vugo eu) mais o Pai Nosso.

6 de jul. de 2008

Tem é Zé...

Tem é Zé pa arranjah canto pa nóis morah;
Tem é Zé pa dah pão pos meus fizim cumeh;
Tem é Zé pa teh agua pa mode bebeh;
Tem é Zé pa teh Zé qi me qêra ajudah!



Tem é Zé p'eu fazeh o qi eu sempre qis;
Tem é Zé pa jamais desistih di sonhah;
Tem é Zé pa teh força pa mode agüentah;
Tem é Zé pa tentah transformah meu país!



Tem é Zé, tem Mané, Qincas, Pêdo e Antõe,
Chica, Tonha, Mazé, qi persísti em lutah,
E essa desigualdade inda vai se acabah:
Pobe trabaiadoh e burguêis senvergõe!




Tem é Zé pa venceh, maz tem bença di Exu,
Tem Iansã, tem Xangô, tem Nanã, tem Oxum,
Tem Obaluaiê, tem Odé, tem Ogum.
Tem é nêgo tocano esse maracatu!

28 de jun. de 2008

candomblé: uma visão de mundo, di fred aflalo


vô fazeh ua coisa qi não tenho costume di fazeh, nesse blog: divugah. qero divugah o ótimo livro di fred aflalo, "candomblé: uma visão de mundo", pera editora Mandarim, 1996. o livro é ecitante e incitante, dano ua visão um tanto inusitada - maz não por isso irreal - do cuto do Candomblé Nagô, representado peros terrêro da nação Ketu.

apesah di não sêri citado em ninhum momento, se percebe claramente qi o autoh compartilha das visão di Feuerbach, Marx e Engels, acerca principalmente da religião, maz tumém da realidade em geral, especialmente quanto aos dois útimo.

a tese fundamental é a di qi o candomblé não é ua simples religião, maz ua visão di mundo, e mais: ua visão di mundo bastante materialista e antropocêntrica! muito interessante. dá vontade di se converteh! ^^

confira. axé.

18 de jun. de 2008

puêra branca

meu amoh,
eu nun mim sujei
no meu terrêro di Umbanda.
se desligue dessas propaganda
di sabão,
qi cê vê pera tevê.
e veja si nun bota banca,
porqe

puêra branca
aqi tem!
si eu tivesse sujo, meu bem,
eu tava branco, qi nem
você.
aqi a puêra é branca,
ô, se toca!
si tu nun ecredita, meu bem,
vem barreh lá na minha maloca!



infelizmente,
sujismunda qem tá é você, meu amoh,
porqe essa sua mente
tá encardida di preconceito e rancoh.
nun dê coh pà sujêra, meu bem.
nun teve um dia siqeh
qi, dispois da cahapuêra, eu nun tenha
nadado num igarapé.




puêra branca
aqi tem!
si eu tivesse sujo, meu bem,
eu tava branco, qi nem
você.
aqi a puêra é branca,
ô, se toca!
si tu nun acredita, meu bem,
vem barreh lá na minha maloca!

ê, lá na minha maloca...
na minha maloca, tem bassôra!
- ê, lá tem bassôra, camará!
lá na minha maloca, tem bassôra
e é pa barreh!
- ê, é pa barreh, camará!

puêra branca
aqi tem!
si eu tivesse sujo, meu bem,
eu tava branco, qi nem
você.
aqi a puêra é branca,
ô, se toca!
si tu nun acredita, meu bem,
vem barreh lá na minha maloca!

infelizmente,
sujismunda qem tá é você, meu amoh,
porqe essa sua mente
tá encardida di preconceito e rancoh.
nun dê coh pà sujêra, meu bem,
qi nun teve dia ninhum
qi, dispois da cahapuêra,
eu nun tenha me acompanhado di Oxum!



[aqi, um ô mais canto pra Oxum...]

puêra branca
aqi tem!
si eu tivesse sujo, meu bem,
eu tava branco, qi nem
você.
aqi a puêra é branca,
ô, se toca!
si eu tivesse sujo, meu bem,
tava branco, qi nem tapioca!



16 de jun. de 2008

eurocentrismo velado

nada di apreciah o africano e o americano na medida em qi é europeu.

6 de jun. de 2008

Jihad

Jesuis, o Cristo, talvez tenha existido algum dia, em algum lugah; Jesuis, o Cristo, talvez tenha conseguido juntah ua mutidão di seguidoh; Jesuis, o Cristo, talvez tenha amado muito "seu povo"; Jesuis, o Cristo, entãuce, num belo dia (ô não tão belo assim), talvez tenha dito pro "seu povo" o seguinte:
"Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei!" - e talvez tenha sido exatamente assim, com toda a pompa!
Fato é qi os seus seguidoh posterioh - qi, aparentemente, são fi di "seu povo" ô fruto do proselitismo di "seu povo" - não éru mais um "povo bárbaro" e começáru a poh em prática seu helenismo, o uso di sua razão, e raciocináru o seguinte (transcrevo, com exatidão - maz obviamente traduzido pro brasilêis - o encadeamento lógico da cabeça desses bendito cristão):
"Bom... Bem... O Pai, o Fi e o Espírito Santo são a merma pessoa; logo, si o Pai há di jugah o mundo, o Fi há di jugah o mundo!" [ - Muito bem, Chaves! ] "E, considerano-se qi nun há antes nem dispois pro Deus Eterno, se pode dizeh qi o Fi já jugô o mundo, já jugô nóis tudim!" [ - Bravo, Chavito! ]
E, deis di qi tal pensamento (claro e distinto) passô por suas mente santa, um imperativo categórico nun sai di seu pensamento (em portuguêis, mermo - e com pompa!):
"Julgai-vos uns aos outros, como eu vos julguei!"

4 de jun. de 2008

dos coroné

Horizonte...
é o Monte-
Mó Véi!
- é inferno dos coroné!
aldeamento Paiacu.
- é inferno dos coroné!
é um qilombo em apartaide!
- é inferno dos coroné!
anda conforme os calundu
- o inferno dos coroné!
di Suas Latifundidade.
- o inferno dos coroné!
si você é bom plantadoh
e si aqi tem solo fecundo,
nun se iluda, sonhadoh,
pois lá te fode o latifundjo!
qi as Qeimada já tem dono.
- qem manda aqi é coroné!
e as Pedêra nem é nossa.
- qem manda aqi é coroné!

justiça dorme eterno sono.
fazeh o bem n'tem qem possa
- logo ome-di-bota acossa!
e eu le digo por qe é!
é qi o djacho desse Horizonte
- é inferno dos coroné!

veja o time di futibol.
- qem manda aqi é coroné!
sustentado peros imposto.
- qem manda aqi é coroné!
e veja o Pisa na Fulô.
- qem manda aqi é coroné!
e veja o Cento Cutural.
- qem manda aqi é coroné!
e a Câmara Municipal.
- qem manda aqi é coroné!
e o Concurso Beleza Nêga.
- qem manda aqi é coroné!
e veja as radjo e o jornal.
- qem manda aqi é coroné!
e o curso pré-vestibulah.
- qem manda aqi é coroné!
veja os estágio, bolsa-auxilho.
- qem manda aqi é coroné!
e as farmácia e os transporte.
- qem manda aqi é coroné!
inté as cantoria nossa!
- qem manda aqi é coroné!
inté nosso Mercafolia!
- qem manda aqi é coroné!
e os coroné...
qi são gente religiosa,
muito santa e fiel,
tão no terrêro se banhano;
vão na Missa orah pros céu,
pa ganhah voto desse povo
qi crê no Papai Noel...
ganhah voto desse povo
qi acredita em coronel...

2 de jun. de 2008

raúl reyes



quando Alexander von Humboldt investigô os costume dos antigo abitante indígena do planalto di Bogotá, sôbe qi os indjo chamávu di quihica as vítima das cerimonha ritual. quihica siguinificava porta: a morte di cada eleito abria um novo ciclo di cento e oitenta e cinco lua.


as palavra do pichadoh - "mestre do humor-negro" - di La Paz ecôhu nas boca di nossa classe medja não-usuária di maconha:

- combata a pobreza, mate um mendigo!

- mioh! mate um foguetêro! - ela acrecenta.

a classe medja maconhêra prefere cantah seus ino pera paz, di Beatles, John Lennon e Raul. enquanto seu vício gera e fomenta a guerra do dia-a-dia!

29 de mai. de 2008

fulô di Pindorama


a burrinha e arrumada
útima fulô do Lácio
foi seno, aos pôco, "despacio",
afroamericanizada.

foi ganhano "buenos aires"
di espanhol americano,
na fala, qi, se arrastano,
le destrói e o Novo pare!

novo grelo di fulô,
pronto pa desabrochah
e suas raiz fincah,
em chão preto e chão tangô.

não é birra, não é sarro,
maz da mente nun mim foge
o cruel Domingos Jorge
e tumém Moraes navarro.






devo, entãuce, renaceh,
com novo Nhehengatu,
qebrah qua boca os tabu,
pra pindoramense seh!