15 de mai. de 2008

malando nagô - parte 1

malando qi nun roba di qem nun tem.
malando qi, noite e dia,
faz justiça,
faz transferência di renda
e tem a proteção di Xangô.
qi a justiça dos ome faia,
maz nunca a di Xangô!
qi a justiça dos ome pode agradah
os grego e os troiano,
maz a mim, ô, meu sinhô,
qi nun sô grego e nem troiano,
não me agrada, pois sô
nagô!
não me agrada, pois sô
nagô!
não me agrada, pois sô
nagô!
não me agrada, pois sô
malando qi nun roba di qem nun tem...

Um comentário:

Groucho KCarão disse...

essa não é ua poesia, maz sim a letra di ua muzga qi fiz, um samba-reggae, tipo Olodum. o encerramento, qi fica repetino é no molde das canção di afoxé baiano. tem um exemplo parecido em ua muzga di andré hosoi & grupo, maz não lembro no momento seu nome. é "patuscada" e mais algo. quanto à letra, Xangô, cuma ocê deve sabeh, é o orixá da justiça. certa vez, num terrêro di Umbanda, da cabocla Toyá Mariana, uvi o pai Leonardo dizeh: "a justiça di Xangô tarda, maz nunca faia!", pareceno o dito tradicional católico a respeito di Javé.